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Etiqueta de registo: 00000nx a22000253 45 001 1937617 003 http://id.bnportugal.gov.pt/aut/catbnp/1937617 100 ## $a20241204apory0103 ba0 200 #1 $aLeitão,$bManuel Duarte,$f1785-1856 400 #1 $aMinistro da Justiça e dos Negócios Eclesiásticos de Reino de Portugal$31937618 400 #1 $aPresidente do Supremo Tribunal de Justiça$31937619 810 ## $ahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Duarte_Leit%C3%A3o 830 ## $a"Filho de Manuel Duarte Leitão Saraiva e de sua mulher Brízida Craveiro Rodrigues
Correia, neto paterno de António Saraiva Leitão, Juiz Ordinário em Manteigas, e de
sua mulher Ana Duarte Craveiro de Carvalho e neto materno de Manuel Craveiro da Rosa
e de sua mulher Ana Rodrigues Correia. Descendente de Domingos Saraiva, Cavaleiro
da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, e de Afonso Saraiva de Lucena, Senhor da Casa
da Póvoa. Foi casado primeira vez em 1825 com Carlota Maria de Araújo de Caula,
falecida em 1835, sem geração, e casado segunda vez em 1835 com sua cunhada Maria
Carlota de Araújo de Caula, ambas filhas do Marechal Carlos Frederico Bernardo de
Caula, 1.º Visconde de Elvas. Do segundo casamento nasceram três filhos, Maria Eugénia
de Caula Leitão (1836 - ?), Carlos Duarte de Caula Leitão (1837 - Lisboa, Lapa, 6
de Junho de 1865) e Maria Carlota de Caula Leitão (1838 - Lisboa, Lapa, 2 de Outubro
de 1851). Formou-se em Leis pela Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra no
ano de 1808, sendo nomeado, apenas passados dois anos, para Juiz de Fora em Mogadouro
por D. João, Príncipe Regente, que o transferiu para Juiz Desembargador do Tribunal
da Relação de Bardez-Goa em 1818, e, posteriormente, para as Praças de Damão e Diu.
Foi Membro do Conselho de Governo do Estado da Índia, aquando da Revolução Liberal
e da demissão, em 1820, do Vice-Rei e Governador D. Diogo de Sousa. Em 1821, após
as agitações em Portugal, o 1.° Conde do Rio Pardo é deposto e preso pelos Liberais
da Índia e assume em seu lugar uma junta formada por si, que tinha aderido à Revolução,
e pelos marechais Joaquim Manuel Correia da Silva e Gama e Manuel José Gomes Loureiro,
Manuel Godinho de Mira, Gonçalo de Magalhães Teixeira Pinto, em cujo Conselho de Governo
participou, e o qual funcionou até à chegada, em Novembro de 1821, do novo Vice-Rei,
D. Manuel da Câmara. Recebeu, em 1826, do mesmo monarca, D. João VI de Portugal, a
Grã-Cruz da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, mais tarde Real Ordem Militar de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Foi nomeado, a 18 de Agosto de 1823/1828, Juiz Desembargador
dos Agravos da Casa da Suplicação, mas continuou a servir no Tribunal da Relação de
Goa. Foi defensor do Liberalismo, o que lhe valeu a prisão, no reinado de D. Miguel
I de Portugal, em Lisboa em 1829, dando entrada na Torre de São Julião da Barra, sem
processo, a 24 de Março. Em 1833, foi nomeado por D. Pedro IV de Portugal para seu
Conselheiro de Estado e elevado a Auditor Geral do Exército. Em 1833, foi condecorado
por D. Maria II de Portugal com a Grã-Cruz da Real Ordem Militar de Nossa Senhora
da Conceição de Vila Viçosa. Foi Deputado, eleito em 1834, pelo Círculo Eleitoral
da Beira Baixa, para a Legislatura de 1834-1836. Em 1835, foi feito Fidalgo Cavaleiro
da Casa Real. Foi nomeado Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos
e da Justiça ou, simplesmente, Ministro da Justiça, durante apenas oito dias ou quase
um mês, de 28 de Abril a 27 de Maio de 1835, no Governo do 1.° Duque de Palmela e,
mais tarde, no do 1.° Conde de Linhares. Eleito Deputado, pelo Círculo Eleitoral da
Beira Baixa, para a Legislatura que não se realizou devido à Revolução de Setembro
de 1836. Foi Juiz Conselheiro e 2.° Presidente do Supremo Tribunal de Justiça entre
1836 e 1840, sucedendo a José da Silva Carvalho. Nomeado Ministro da Justiça, cargo
que exerceu por pouco mais de um ano, de 22 de Março de 1838 a 18 de Abril de 1839,
no Governo do 1.° Visconde de Sá da Bandeira. Foi, também, eleito Senador do Reino,
pelo Círculo Eleitoral da Guarda, para as duas Legislaturas em que funcionou esta
Segunda Câmara, de 1838 a 1840 e de 1840 a 1842. Nesta Câmara, interveio, a 10 de
Dezembro de 1838, na discussão acerca da falta de quórum para o funcionamento da Sessão
Parlamentar. Fez parte da Comissão Parlamentar de Poderes e foi o 1.° Presidente da
Câmara dos Senadores de 28 de Janeiro a 1 de Maio de 1839, tendo perdido a Presidência
para o 1.° Duque de Palmela, e o 3.° Presidente da Câmara dos Senadores de 14 de Janeiro
a 14 de Fevereiro de 1840, tendo perdido novamente a Presidência a 17 para o 1.° Duque
de Palmela. A 25 de Fevereiro, teve uma longa intervenção, no âmbito da discussão
do Discurso da Coroa, acerca da necessidade de restabelecer as relações com Roma.
Em Junho do mesmo ano, interveio activamente na discussão da criação do Tribunal de
Contas. Durante o ano de 1840, vemo-lo a intervir amiúde acerca do melhor funcionamento
da Câmara. A 14 de Janeiro, foi eleito Presidente da Mesa, cargo que exerceu até 17
de Junho, quando foi substituído pelo 1.° Duque de Palmela. Em Outubro, foi dos principais
oradores na discussão do Projecto de Lei sobre a transferência dos Juízes. Em Novembro,
interveio activamente nos debates acerca do Projecto de Lei da Reforma Judiciária.
Foi, ainda, eleito em 1842, para a Legislatura de 1842-1845. Interveio na Câmara dos
Deputados a 17 de Agosto de 1842, na discussão de resposta ao Discurso da Coroa. Nesse
longo discurso, criticou António Bernardo da Costa Cabral por ter revogado o Decreto
de 10 de Fevereiro de 1842, que determinava que os Deputados viriam munidos de Poderes
Constituintes para reverterem a Carta Constitucional de 1826. Assim, referiu que o
Governo não podia ter revogado essa determinação "filha do poder constituinte de que
a Soberana estava investida naquele momento". Por isso, acrescentou que "a Câmara
não tem autoridade para lhe dar o bill de indemnidade". Criticou, ainda, o Governo
por ter forçado as consciências dos votantes, por ter demitido dos empregos aqueles
que não o apoiaram e pela sua política para com a Santa Sé e os Estados Pontifícios.
Interveio a 30 de Janeiro de 1843 para fazer um longo discurso, defendendo-se das
acusações de que, quando Ministro em 1835, teria usurpado as funções legislativas.
A 21 de Fevereiro do mesmo ano, fez uma intervenção de carácter jurídico relativa
ao caso do Processo Crime instaurado ao Deputado Celestino Soares. No dia 28 de Março,
criticou o Projecto de Lei que pretendia alterar a Legislação relativa à nomeação
dos Administradores dos Concelhos, defendendo que não se devia nomear alguém de fora
do respectivo Concelho. No dia 28 de Abril, interveio defendendo o Projecto de Lei
sobre Forais e a sua constitucionalidade. Nomeado Ministro da Justiça por quase quatro
meses, de 28 de Abril a 22 de Agosto de 1847, no Governo do 1.° Duque de Saldanha,
durante a Guerra Civil da Patuleia. Foi nomeado Par do Reino[2] a 7 de Janeiro de
1848, e eleito para presidir à respectiva Câmara, na ausência do Presidente e do Vice-Presidente,
em 1851. Pertenceu à Câmara dos Pares de 1848 a 1856. Fez parte de diversas Comissões,
a saber: a de Administração Pública, de 1848 a 1851, a de Legislação, de 1848 a 1851
e em 1853, a Especial para a Nomeação e Sucessão no Pariato, em 1848, 1852 e 1856,
a de Resposta ao Discurso da Coroa, em 1849, 1851, 1855 e 1856, entre outras. A 1
de Agosto de 1848, fez uma longa intervenção sobre o Projecto de Lei confirmando os
Decretos da Ditadura. A 18 de Janeiro de 1849, interveio na discussão acerca do Aditamento
feito pela Câmara dos Deputados ao Projecto de Lei sobre o número de Pares do Reino
necessários para a Câmara se constituir em Supremo Tribunal de Justiça. Em Fevereiro,
foi um dos intervenientes na discussão do Projecto de Lei relativo às Comissões Mistas.
Em 1850, interveio, nos meses de Junho e Julho, na discussão relativa ao Projecto
de Lei sobre os abusos da Imprensa. Resta referir que interveio inúmeras vezes para
dar sugestões sobre o melhor funcionamento da Câmara. Foi Conselheiro de Estado Efectivo[2]
desde 18 de Outubro de 1848 e Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Em
1849, recebeu da Rainha D. Maria II de Portugal a Grã-Cruz da Real Ordem Militar de
Santiago da Espada. Foi, também, agraciado com a Grã-Cruz da Real Ordem Militar da
Torre e Espada. Faleceu a 12 de outubro de 1856 na Freguesia da Lapa, aos 69 anos,
tendo sido sepultado no Cemitério dos Prazeres." ver registos bibliográficos associados
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